quarta-feira, 23 de abril de 2014

Toujours les livres

Hoje, dia 23 de Abril, é o Dia do Livro. E apesar deste blog estar (aparentemente) esquecido, a data não passou em branco. Recebi vários e-mails (mala-direta) de livrarias, vi anúncios de promoções em toda página que entrava (malditos cookies que guardam o que pesquiso!). Parece que qualquer comemoração é justificativa para consumo.

E nessa onda “compre batom... compre batom...” (só os fortes vão entender!) pensei no último livro que comprei: La Petite Fille de Monsieur Linh[1].  Leitura obrigatória do curso de francês desse semestre, parece-me um romance bonitinho. Digo parece, porque ainda não o li. Como assim? Pois é. Se tenho até o fim do curso, então não há motivos para apressar a leitura. Coloco-o na bolsa, e fico aguardando uma furtiva oportunidade para leitura.

A verdade é que quando a gente faz do estudo profissão/lazer/leitmotiv, não há um só momento em que não estejamos acompanhados de um livro. Há alguns anos fui encontrar um amigo em Belo Horizonte para resolver uma pendência burocrática. Uma das primeiras perguntas que ele me fez foi “deixe-me ver o que está lendo”. Lembro que fiquei espantada – como ele sabia que eu tinha um livro na bolsa? Sim, talvez a viagem de 2 horas de ônibus ficaria mais agradável com uma leitura. Mas não era por isso. Ele simplesmente sabia que eu sempre estaria acompanhada de um.

Ambas as vezes que viajei para fora do país (a Argentina não conta, certo?) foi para estudar. Fazer uma parte da pós-graduação e, mais recentemente, aperfeiçoamento em uma língua estrangeira. Na volta, meu maior orgulho eram os livros trazidos na mala. Possuí-los dava uma sensação de dever cumprido: a viagem não foi em vão. Curiosamente, o mesmo sentimento acontece quando visito a casa dos pais – uma mala sem livros não faz sentido algum.

Escrevo pensando na companhia constante que eles oferecem em meus deslocamentos constantes. Seja a leitura no metrô, os PCN’s a caminho do trabalho, ou ainda o Guia França da Publifolha: como boa romântica, impossível pensar em uma viagem sem carregar um bom livro junto - e um caderno para anotações. E como disse Santo Agostinho: “O mundo é um livro, e aqueles que não viajam lêem somente uma página.” Então, bon voyage mes amis!



[1] http://fr.wikipedia.org/wiki/La_Petite_Fille_de_Monsieur_Linh

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